A percepção do usuário do Programa de Saúde da Família sobre a privacidade e a confidencialidade das informações [depoimento e entrevista]

Data

2008

Idioma

Português

Assunto

BIOÉTICA
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (ÉTICA)
PRIVACIDADE
COMUNICAÇÃO SIGILOSA (ÉTICA)
SAÚDE DA FAMÍLIA
PROGRAMAS NACIONAIS DE SAÚDE
PERCEPÇÃO

Fonte

Depoimento e entrevista baseados na dissertação/tese defendida na FSP/USP (http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-21082007-174021/).

Direitos

É autorizado o armazenamento e disponibilização em bases de dados para acesso universal, uso por rádios comunitárias e mídia em geral, por período indeterminado, desde que de forma gratuita e visando a educação e a promoção da saúde. Os créditos e o mérito pelo trabalho devem ser atribuídos adequadamente.

Formato

mp3

Entrevistado

Seoane, Antonio Ferreira

Duração

5 min 33 seg (depoimento), 6 min 10 seg (entrevista)

Entrevistador

Moraes, Aline

Editor de som

Santos, Amadeu dos

Coordenador

Gallo, Paulo Rogério

Produtor

Biblioteca da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo

Local

São Paulo

Resumo da tese

Introdução: O Programa de Saúde da Família (PSF) e o agente comunitário de saúde (ACS) aproximam-se dos usuários buscando unir o indivíduo, a família, a comunidade com o serviço de saúde. Além de agente de saúde e, portanto, vinculado à Instituição, o ACS que reside obrigatoriamente na mesma área onde exerce sua profissão, convive diretamente com as famílias e freqüentemente adentra em suas residências criando com elas um vínculo, observando e coletando informações sobre suas condições de vida e saúde. Objetivo: discutir a percepção do usuário quanto à privacidade e à confidencialidade das informações e conhecer como o mesmo relaciona a visita domiciliar ao seu direito à privacidade. Justificativa: apoiados no referencial teórico da bioética do cotidiano, esse trabalho de investigação justifica-se à medida que a garantia dos direitos à privacidade e à confidencialidade reflete diretamente na qualidade do atendimento. Método: estudo qualitativo, de natureza exploratória. Como instrumento de investigação elaborou-se um roteiro de entrevistas semi-estruturadas, com questões abertas. Foram entrevistados trinta usuários maiores de dezoito anos, cadastrados em uma Unidade Básica do PSF da região sudeste do município de São Paulo. Resultados: os entrevistados não consideraram a entrada do ACS em suas residências como uma invasão à sua privacidade. Poucos relacionaram o sigilo das informações como um direito e um possível desrespeito parece ser por eles justificado pela necessidade do cuidado e do melhor acesso ao serviço de saúde. Das doenças estigmatizadas desponta a AIDS, seguida do câncer, e em menor grau a tuberculose, as doenças da próstata e o diabetes. Conclusões: O ACS é percebido mais como um técnico, um profissional de saúde vinculado à Instituição e não como um cidadão pertencente à comunidade e, em função disso, a visita domiciliar não causa constrangimentos. ) Constatou-se tendência em se admitir que as informações dadas em sigilo seriam reveladas pelos ACS ou ainda, pela própria (des)organização do serviço de saúde, porém, parece haver certo conformismo do usuário em relação à percepção dessa violação, justificada pela melhoria no cuidado e no acesso ao serviço de saúde. Verificou-se a importância das relações de gênero e do cuidado quando da revelação de determinadas enfermidades estigmatizadas. A AIDS aparece como a enfermidade mais atrelada ao preconceito, seguida do câncer, tuberculose, as doenças da próstata e o diabetes

Coleção

Referência

“A percepção do usuário do Programa de Saúde da Família sobre a privacidade e a confidencialidade das informações [depoimento e entrevista],” e-Coleções FSP/USP, acesso em 13 de maio de 2024, https://colecoes.abcd.usp.br/fsp/items/show/3092.

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