Estudo histórico-documental da encefalite humana por arbovírus Rocio no litoral sul e Vale do Ribeira do Estado de São Paulo [depoimento e entrevista]

Data

2012

Idioma

Português

Assunto

ENCEFALITE
ARBOVÍRUS
SURTOS DE DOENÇAS
FLAVIVIRUS

Fonte

Depoimento e entrevista baseados na dissertação/tese defendida na FSP/USP (http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-07082009-135730/).

Direitos

É autorizado o armazenamento e disponibilização em bases de dados para acesso universal, uso por rádios comunitárias e mídia em geral, por período indeterminado, desde que de forma gratuita e visando a educação e a promoção da saúde. Os créditos e o mérito pelo trabalho devem ser atribuídos adequadamente.

Formato

mp3

Entrevistado

Villela, Edlaine Faria de Moura

Duração

3 min 19 seg (depoimento), 5 min 26 seg (entrevista)

Entrevistador

Malinverni, Cláudia

Editor de som

Santos, Amadeu dos

Coordenador

Gallo, Paulo Rogério

Produtor

Biblioteca da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo

Local

São Paulo

Resumo da tese

Introdução: No litoral sul e no Vale do Ribeira do Estado de São Paulo, ocorreu uma epidemia de encefalite pelo arbovírus Rocio, no período de 1975 a 1978. A região foi então objeto de estudo de diversos investigadores e ocupou largo espaço na imprensa. Altas taxas de morbidade e mortalidade causaram forte impacto socioeconômico na região. No início da epidemia, a maioria dos infectados eram trabalhadores rurais da região, do sexo masculino e em idade produtiva. Diante das limitações hospitalares, desconhecimento da doença e inespecificidade do tratamento na época, houve desde uma lenta convalescença, seqüelas até a ocorrência de óbitos, repercutindo principalmente na queda no turismo, o que afetou a economia da região. Na atualidade, o vírus não está extinto na região e sim, silencioso. Este fato justifica a realização deste estudo histórico-documental da encefalite por arbovírus Rocio, além da óbvia necessidade de se aproveitar essa experiência como modelo de comparação no trato de outras epidemias atuais, transmitidas por vetor biológico. Objetivo: Objetivou-se relatar acontecimentos sociais e naturais, medidas clínicas na saúde pública, impactos midiáticos e avanços científicos relacionados à doença, verificando a trajetória do Rocio. Método: Foram revisados a literatura científica e os conhecimentos da população desde o início da epidemia até os dias atuais. As fontes consultadas foram teses, dissertações, livros, periódicos, bancos de dados de jornais e revistas, bases eletrônicas de dados, relatórios de instituições públicas, comunicações em eventos e especialistas que viveram a experiência epidêmica . ) Resultados: Foi possível analisar como a mídia impressa relatou os acontecimentos sociais relacionados à epidemia e como foi a reação popular às notícias veiculadas, além de discutir a possibilidade de o homem voltar a ser acometido pelo Rocio. Conclusões: Houve desencontro entre as informações veiculadas pela mídia e os dados científicos fornecidos por pesquisadores e autoridades sanitárias, o que dificultou a aceitação da epidemia pela população e viabilizou a distorção de informações e criação de barreiras aos métodos de combate ao possível vetor. Ainda não se sabe como o vírus Rocio tornou-se emergente no litoral sul do Estado em 1975 e o porquê do seu silenciamento, entretanto é conhecido que esse arbovírus ainda mantém atividade, possibilitando o retorno da epidemia no país.

Coleção

Referência

“Estudo histórico-documental da encefalite humana por arbovírus Rocio no litoral sul e Vale do Ribeira do Estado de São Paulo [depoimento e entrevista],” e-Coleções FSP/USP, acesso em 13 de maio de 2024, https://colecoes.abcd.usp.br/fsp/items/show/3051.

Formatos de Saída

Relações entre os itens

This item has no relations.