A contribuição de Mário de Andrade para a saúde pública no estabelecimento de um projeto de educação destinado a crianças e jovens no Departamento Municipal de cultura da cidade de São Paulo (1935-1938) [depoimento e entrevista]

Data

2009

Idioma

Português

Assunto

SAÚDE PÚBLICA
CULTURA
EDUCAÇÃO
HISTÓRIA
CIDADANIA
POLÍTICAS PÚBLICAS

Fonte

Depoimento e entrevista baseados na dissertação/tese defendida na FSP/USP (http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-09042009-165047/).

Direitos

É autorizado o armazenamento e disponibilização em bases de dados para acesso universal, uso por rádios comunitárias e mídia em geral, por período indeterminado, desde que de forma gratuita e visando a educação e a promoção da saúde. Os créditos e o mérito pelo trabalho devem ser atribuídos adequadamente.

Formato

mp3

Entrevistado

Andrade, Cleide Lugarini de

Duração

4 min 28 seg (depoimento), 6 min 30 seg (entrevista)

Entrevistador

Moraes, Aline

Editor de som

Santos, Amadeu dos

Coordenador

Gallo, Paulo Rogério

Produtor

Biblioteca da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo

Local

São Paulo

Resumo da tese

Este trabalho analisou as ações da Seção de Educação e Recreio do Depatamento Municipal de Cultura da cidade de São Paulo, entre os anos 1935 e 1938, do ponto de vista da sua contribuição para a Saúde Pública. Nessa direção, estudamos algumas dessas ações, concretizadas por meio de equipamentos destinados a crianças e adolescentes e jovens pobres, especialmente filhos de operários, equipamentos estes que visaram o estabelecimento de uma política na qual a cultura constituiu-se em marca distinta da saúde pública. Esse projeto, que teve à frente Mário de Andrade, foi abortado prematuramente pelo golpe do Estado Novo em 1937. Defendemos aqui a tese de que o desmoronamento do projeto desenvolvido por Mário de ANdrade e seus colaboradores não representou apenas o fim de uma proposta inovadora de educação para a saúde desse segmento social, senão também, em termos simbólicos, a interrupção de um projeto mais amplo de mudança da sociedade brasileira em busca de maior igualdade e equidade sociais, anunciado com mais força a partir de 1930. Ao Estado caberia, nesse projeto, o único papel que um Estado republicano e democrático pode desempenhar, isto é, o de financiador e gestor dos bens públicos. No entanto, a história mostrou que o Estado abandonou esse papel e, com isso, os bens públicos, entre eles a saúde, passaram às mãos de empresas privadas. desse modo, a sociedade como um todo e os pobres e seus fihos em particular, perderam a oportunidade de usufruir de projetos em que lazer, brinquedo e prática de esportes, preservação dos costumes de diferentes grupos nas cidades, fruição prazerosa da cultura erudita, entre outras práticas sócio-culturais, não são mais pensadas como aquisição de saúde. ) Portanto, voltar ao passado, retomando o projeto do Departamento de Cultura, significa insistir em que o Estado assuma seu papel no que concerne ao provimento da educação e, em última instância, da saúde das crianças e jovens pobres desta cidade e de toda a nação.

Coleção

Referência

“A contribuição de Mário de Andrade para a saúde pública no estabelecimento de um projeto de educação destinado a crianças e jovens no Departamento Municipal de cultura da cidade de São Paulo (1935-1938) [depoimento e entrevista],” e-Coleções FSP/USP, acesso em 28 de abril de 2024, https://colecoes.abcd.usp.br/fsp/items/show/3052.

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